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Compreenda como algumas infecções são sexualmente transmitidas e como podem ser evitadas.

Você pode refletir sobre infecções sexualmente transmissíveis solucionando as problematizações após ler um pouco sobre essa temática.

#infecção

IST

Infecções sexualmente transmissíveis (IST), ao contrário do que se pensa, são infecções
transmitidas não somente pelo ato sexual, mas também através do beijo e do toque no local infectado. Essas infecções podem ser provocadas por vírus ou por bactérias. A prevenção das IST pode ser feita com o uso de preservativos nas relações sexuais (oral, anal e vaginal). Quando as infecções não são tratadas ou demoram para começar o tratamento podem levar à infertilidade, ao câncer e à morte.

HIV/AIDS

Em caso de dúvidas ou suspeitas de infecção, consulte um médico ou procure a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima.
Para mais informações, você também pode consultar os links:
Ministério da Saude: www.gov.br/saude
UNAIDS: www.unaids.org.br

Retrato de um Brasil portador de IST

As Doenças Sexualmente Transmissíveis (IST) são doenças causadas por vírus, bactérias, entre
outros agentes, através, principalmente, do ato sexual desprotegido. Desde as primeiras civilizações,
as IST existem, mas por que depois de tanto tempo e e de tanto conhecimento adquirido ao longo dos
anos, ainda se tem um número alto de pessoas infectadas? É provável que, além da população não
acreditar que se deve tomar cuidados e se proteger, os determinantes sociais, como o grau de
escolaridade, questões familiares, o ambiente, o acesso aos serviços de saúde, a religião, o machismo
possam interferir nos cuidados.

Doenças como Aids, HPV, Gonorreia, Sífilis e Herpes genital podem acometer diversas pessoas no
Brasil, sendo essas umas das mais comuns. A Secretaria de Saúde de São Paulo diz, por exemplo, que
as ocorrências de sífilis por transmissão sexual cresceram 603% em seis anos. Em estados como
Pernambuco também há um aumento bem significativo, em 2013 e 2014 foi registrado o crescimento de
94,4%. Números bem alarmantes dentro da sociedade. Essas IST, como muitas outras, podem atingir
todas as faixas etárias, mas são os jovens os mais vulneráveis, já que estão na fase inicial da
experimentação da atividade sexual. Em uma pesquisa realizada pela Caixa Seguros com o
acompanhamento do Ministério da Saúde e da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) foram
ouvidos, em 15 estados, 1.208 jovens entre 18 e 29 anos. A pesquisa revelou que 40% dos
pesquisados não consideram a camisinha como método eficaz na prevenção de IST ou de gravidez e
36% não usaram preservativo na última vez que tiveram relações sexuais.

De acordo com a com a médica de família e professora do curso de Medicina do Centro Acadêmico do
Agreste CAA/UFPE, Carolina Paz, pessoas com situações econômicas mais baixas também podem
estar mais propícias a contração de IST. Segundo a médica, "normalmente pessoas com pior situação
econômica, também têm baixa escolaridade, por exemplo, e essa baixa escolaridade faz com que essas
pessoas tenham menor entendimento sobre seu corpo, menor entendimento sobre a relação. [...] Então,
elas podem ter até o desejo de se proteger, mas têm menos acesso às informações de como fazer isso,
têm menos acesso ao serviço médico, a assistência para se tratar”.

Em relação ao gênero, não se tem um número exato sobre qual grupo pode ser mais acometido pelas
ISTs, uma vez que há uma grande variedade dessas doenças. O Ministério da Saúde, em 2009,
calculou que em torno de 10 milhões de brasileiros já apresentaram sintomas de uma IST. Na mesma
pesquisa, descobriu-se que só 24,3% dos homens e 22,5% das mulheres que procuraram um serviço
do SUS foram orientados a fazer o exame que detecta a sífilis — os números são um pouco maiores
para o teste de HIV.

Outro problema em relação ao combate das IST também se dá quando pessoas que estão infectadas
não desconfiam disso. Por exemplo, com a AIDS, quando se está infectado pelo vírus do HIV, se tem
uma reação inicial: febre, dor no corpo, ou seja, sintomas leves que fazem a pessoa não se preocupar
em procurar um médico. Então, a pessoa vai estar com o vírus circulante e só depois de alguns anos é
que irá começar a desenvolver algum problema de saúde relacionada à Aids. Inclusive, ela pode acabar
infectando outras pessoas sem nem saber que está infectada. E a mesma coisa acontece com as outras
doenças.

Além do risco para si próprio e e para os parceiros sexuais, também há a possibilidade de passar
algumas doenças para o feto, caso a mulher engravide. A Sífilis, por exemplo, pode trazer
consequências como aborto, baixo peso do bebê, surdez e cegueira. Já a Gonorreia pode ocasionar um
parto prematuro, atraso do desenvolvimento do feto, inflamação nos pulmões, brônquios ou ouvidos do
bebê após o parto.

Prevenção

A principal e mais comum forma de prevenir diversas doenças sexualmente transmissíveis é o uso da
camisinha, tanto masculina quanto feminina, que pode ser usada não somente no sexo vaginal, mas
também no anal e no oral. Em relação ao HIV, além do do uso do preservativo, também existe a
prevenção combinada quando há o uso do preservativo com Profilaxia pré-exposição (PrEP) e com
Profilaxia Pós-Exposição (PEP). A PrEP, de acordo com o Ministério da Saúde, é “uma combinação de
dois medicamentos [antirretrovirais] (tenofovir e entricitabina) em um único comprimido, que impede que
o HIV se estabeleça e se espalhe pelo corpo” e é usado antes do ato sexual, para reduzir a
possibilidade de infecção pelo HIV. A PEP, também consiste no uso de medicamentos retrovirais e deve
ser usado como uma medida de prevenção de urgência após qualquer situação em que exista risco de
contágio. Trata-se de "uma urgência médica, que deve ser iniciada o mais rápido possível -
preferencialmente nas primeiras duas horas após a exposição e no máximo em até 72 horas. A duração
da PEP é de 28 dias e a pessoa deve ser acompanhada pela equipe de saúde”.

Ainda há aquelas doenças, como o HPV e o Condiloma, que não podem ser prevenidas com o uso do
preservativo, já que a camisinha só protege a região coberta por ela. Para o HPV, existe a vacina, que
previne os tipos mais nocivos do vírus, como os tipos 16 e 18, responsáveis por cerca de 70% dos
casos de câncer do colo de útero.

O acesso à informação também é outro meio de prevenir o contágio dessas doenças. O Governo
sempre incentiva o uso da camisinha por meio de veículos de comunicação e inclusive disponibiliza o
preservativo de forma gratuita nos postos de saúde. Em festas, como o Carnaval, o pensamento de
prevenção é ainda mais difundido. Mas, ainda assim, a população muitas vezes não procura se informar
sobre as consequências do não uso desse e de outros métodos de prevenção. Então, a partir do
momento em que as pessoas vão atrás de se informar, seja por meio da internet ou de postos de saúde,
há a possibilidade de diminuir as chances de se contrair alguma IST.

Políticas Públicas

Carolina Paz acredita que hoje a principal política de saúde para o combate a IST é a estratégia de
saúde à família, uma vez que “o fortalecimento da atenção básica faz com que uma equipe
multiprofissional esteja junto de uma comunidade de uma área e que nessa área todo mundo tem como
referência essa unidade para todos os tipos de atendimento, inclusive para o atendimento de IST”.
Também existe a política de Saúde da Mulher realizado a partir do Programa de Assistência Integral à
Saúde da Mulher (PAISM) e a Política Nacional de Controle de IST/AIDS e Hepatites Virais. Esses
programas nacionais oferecem medicamentos, serviços e exames específicos para identificar essas
doenças. Recomenda-se à população sempre procurar postos de saúde da comunidade, pois os
profissionais estão habilitados para diagnosticar e tratar as doenças sexualmente transmissíveis. A
partir desse acompanhamento, é possível já resolver o problema lá ou ser encaminhado para um
especialista.

Produzido pela Equipe Além da Biologia

Crie Soluções!

Solucione os problemas postos a seguir, considerando a melhor maneira de solução.

Problematização 01


Mateus é um jovem de 22 anos que se envolveu com uma garota que conheceu em um aplicativo de namoro. Após conversarem virtualmente por muito tempo, eles decidiram se encontrar. Nesse encontro, Mateus logo se encantou pela garota e acreditou que o sentimento era recíproco, por isso a beijou para terminar a noite da melhor forma. Nos dias seguintes, quando se encontraram, ele sentiu um certo distanciamento da menina. Ao perguntar o motivo, ela confessou que tinha receio de continuar a relação com ele por medo de como vai ser tratada, após contar que é portadora do vírus HIV e está em tratamento antirretroviral. Mateus ficou confuso. Estava gostando muito dela, mas não sabia quase nada sobre IST. Então, resolveu fazer um teste e se distanciar da garota, terminando o relacionamento.

- A garota devia ter contado sua condição a Mateus antes de deixá-lo beijá-la?

- É possível que o resultado do teste de Mateus acuse positivo para o vírus HIV?

- O que aconteceria se a garota não fizesse a terapia antirretroviral?

Produziu algo sobre essa problematização? Então, envie-nos em anexo. Ele poderá ser mostrado na seção de "Divulgações".

Problematização 03



Alana tem 13 anos, está passando por uma situação delicada na escola. Seus colegas descobriram que ela tem o vírus HIV e desde então eles vêm tratando-a mal e com desprezo, excluindo-a das atividades do grupo, deixando-a constantemente triste no ambiente escolar. O vírus foi contraído no momento do seu nascimento, pois sua mãe também o tem. Alana sempre foi submetida ao tratamento antirretroviral e nunca apresentou sintomas mais avançados, pois sua carga viral sempre deu muito baixa. Alana resolveu conversar com sua professora e contar sobre sua situação e o comportamento dos seus colegas. ​

- Que medidas a professora e a direção da escola devem tomar?

- O que os colegas de Alana precisam saber para não repetirem esse comportamento? Eles correm algum perigo convivendo com Alana?

- Qual a importância da Educação Sexual? Se houvesse esse tipo de estudo na escola de Alana, teria evitado que ela tivesse sido maltratada pelos colegas?

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Problematização 02


Mário tem 22 anos e Joana tem 20 anos. Eles estão namorando há 5 meses e estão começando a ter relações sexuais. Porém, Mário recebe uma mensagem da ex-namorada, que havia terminado o namoro há 8 meses, relatando que descobriu recentemente que está com Clamídia e decidiu alertá-lo.

- A ex-namorada de Mário também está em um novo relacionamento. De quem é mais provável que ela tenha contraído a infecção?

- É possível que Mário esteja infectado e tenha também infectado Joana? Quais medidas devem ser tomadas por eles agora?

- Quais os sintomas que a ex-namorada de Mário deve estar apresentando?

- Qual o tratamento para Clamídia?

Produziu algo sobre essa problematização? Então, envie-nos em anexo. Ele poderá ser mostrado na seção de "Divulgações".

Aprenda mais se divertindo!

Aqui estão propostas de jogos e filmes para que você possa obter ainda mais informações acerca do assunto debatido

"O que você faria?"

O jogo consiste na elaboração de situações-problema relacionadas às IST, criadas pelos próprios estudantes. O(a) professor(a) será quem pontuará o participante ao avaliar a resolução da situação-problema e coordenará o jogo. A turma se posiciona em círculo na sala de aula e o(a) professor(a) vai iniciar o jogo expondo a primeira situação envolvendo alguma infecção sexualmente transmissível e vai pedir a resolução mais apropriada ao primeiro estudante participante. Se ele responder adequadamente, ganhará a pontuação e poderá propor outra situação-problema para outro participante. Se o participante não conseguir responder corretamente, não pontua e a vez passa novamente para o(a) professor(a) que escolherá outro participante para responder. A rodada acaba quando todos tiverem criado uma situação-problema e segue para a próxima apenas os que pontuaram, até que haja um vencedor.

“Instante”

A turma pode ser dividida em quantos grupos quiser e o(a) professor(a) irá coordenar o jogo, fazendo as perguntas e pontuando o grupo que acertar. O(a) professor(a), a cada rodada, vai citando uma IST: relatando os sintomas, como é transmitida, por qual vírus ou bactéria é causada. Ao final, irá perguntar qual o melhor e mais adequado método contraceptivo para evitar a IST discutida no momento. O primeiro grupo que levantar a mão para responder depois que o(a) professor(a) disser “JÁ”, terá o direito à resposta. Caso acerte, vai pontuar e se segue para a próxima pergunta, se errar a vez passa para o próximo grupo que levantar a mão primeiro. Vence o jogo o grupo que obtiver mais pontos.

Indicações de Filmes

Quer aprender ao mesmo tempo que se diverte? Confira nossas recomendações de filmes sobre drogas.

Boa Sorte

João é um adolescente com vários problemas de comportamento. Após ser diagnosticado com depressão, sua família decide interná-lo em uma clínica psiquiátrica. No local, ele conhece Judite, uma paciente portadora do vírus HIV, em fase terminal. Os dois se apaixonam e vivem um intenso romance.

KIDS

Nova York serve de cenário para mostrar o conturbado mundo dos adolescentes, que indiscriminadamente consomem drogas e quase nunca praticam sexo seguro. Um garoto, que deseja só transar com virgens, e uma jovem, que só teve um parceiro mas é HIV soropositivo, servem de base para tramas paralelas.

Gamificação HQ

Acompanhe a trajetória do personagem Guardião dos planetas nessa aventura em direção à terra.

Quiz

Hora de mostra tudo o que aprendeu. Navegue pelo nosso Quiz e conquiste o personagem, 'Guardião', com o seu conhecimento.